domingo, 29 de novembro de 2009

Long Distance - Pirassununga. 1.9 km Swim - 90 km Bike - 21 km Run


Uma semana depois, escrevo sobre o Long Distance de Pirassununga.
Foi uma prova no mínimo estranha. Em função de excesso de trabalho fiquei quase 4 semanas sem treinar. E para quem vinha embalado, faz uma diferença enorme.
Mas antes de falar da prova, vale comentar um pouco da ida ao evento. Fui num ônibus organizado pelo Raphael Pazos, e foi a melhor coisa que poderia ter feito. Não sei se todo mundo tem a possibilidade de viajar junto com uma galera de triathlon (ou mesmo corrida), mas quem tiver, eu aconselho.
A minha ida alternava momentos de sono e gargalhadas, principalmente com as histórias do Gilmar. A galera que estava sentada no fundo do ônibus não parava um segundo (eu estava por lá) e era considerada a marginalia do triathlon! Hahahahahaha.
Dentre os novos amigos destaco, além do Pazos, o Dr. Paulo, Gilmar, Coruja e Araponga (ambos da Granja), Alex e por aí vai... Com certeza existem outros que eu esqueci o nome.
O dia da prova começou com a notícia de que eu não poderia usar a minha roupa skin, que eu havia acabado de trazer dos USA. Fazer o que né...
Quando a largada foi dada, vi a diferença que é nadar num lago. Ainda mais quando se está há um mês sem pular na água. A natação foi no mínimo medonha, fechando em 46 minutos os 1900 metros, quase 9 minutos a mais do que eu havia feito no 70.3 de Penha.
Pensei: vou apostar, tentarei recuperar no ciclismo. As duas primeiras voltas foram perfeitas, batendo quase 38 de média. Porém quebrei na terceira volta e na quarta, se eu reduzisse mais um pouquinho na subida, a bicicleta iria descer. É, faltou perna. Para quem tinha feito 60 km a uma média de 39, 40 m/h há um mês, foi uma decepção. Mas até que o tempo nos 90 km não foi dos piores: 2 horas e 46 min.
Saí para correr a meia maratona quebrado. Sem pernas mesmo. Para quem tem 1 h e 37 min na meia fazer 2 horas e tanto beira a vergonha.
Na hora do almoço, a prova terminou com uma aposta. Uma aposta para o Ironman de 2010, valendo uma bermuda da Flets. O resultado eu conto em 6 meses.
Mas essa prova serviu para muitas coisas. Ganhar amigos e me fazer ter a certeza de algumas decisões, priorizando a qualidade de vida.
Semana que vem tem corrida das estações!!
Abs a todos!
P.S. Vou tentar postar uma foto, mas como nunca fiz, espero que dê certo.

domingo, 1 de novembro de 2009

Treinos Épicos - Parte 1

Existem alguns treinos que ficam em nossa memória por algum motivo especial.

Sei que depois que passar Pirassununga e quando os treinos começarem a se voltar para o Ironman 2010, muitos destes treinos virão. No entanto, apesar de não ter sido um treino sobre-humano, considero o treino de ontem épico.

Começamos a pedalar por volta das 7:30 e com 15 minutos Jorge furou o pneu. Porra, 15 MINUTOS e um pneu furado?? Fazer o que, coisas da vida. Trocamos e começamos a pedalar alguns (muitos) kms, onde conseguimos imprimir uma média de 40 km/h. Bom treino, bom treino...

Saímos para correr. Rodrigo orientou: pessoal, 10 km tranquilo. Edson, pra você são 12. Sempre assim, sempre assim... hahahahahah. Então fomos nós correndo pelo acostamento da estrada, sob o calor. Após 6 km eu suplicava por água. Parei num posto e comprei uma garrafa. Notei que o meu tênis estava fazendo uma bolha no meu calcanhar.

Aí vem o Rodrigo e diz: Edson, a tua volta é tiro. Um tiro de 6 km. Tudo bem, vamos lá. 500 metros e a desgraçada da bolha estourou deixando o calcanhar em "carne-viva". Só o que me faltava. No acostamento da estrada, a quase 6 km do carro e sem poder colocar o tênis... Então o Rodrigo perguntou o que tinha acontecido e eu mostrei, e ele começou a tentar arrumar alguma coisa para botar no meu calcanhar para eu voltar até o carro.

Cena épica: Eu, com um pé do tênis na mão, olhei aquela estrada toda e disse: Rodrigo, deixa pra lá. E ele: Como assim? E eu, tirando o outro tênis do pé, disse: Vou descalço.

Corri 6 km descalço no asfalto, o que me rendeu umas novas bolhas. Mas como diria o velho Lance: A dor é temporária, desistir é para sempre.

P.S.: obrigados, amigos, pelos comentários no blog! Isso é um grande ânimo para que eu escreva novas histórias.